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Novo em Folha 45ª turma
04/07/2008

Estudo sugere que governo invista em centros regionais

GUSTAVO HENNEMANN
DA EQUIPE DE TREINAMENTO

Cidades de porte médio são consideradas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social do Brasil em um estudo encomendado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os resultados parciais do levantamento foram usados na formulação do PPA (Plano Plurianual) 2008-2011.

O estudo sugere um modelo de regionalização que indica 22 subpólos nos quais o Estado deve concentrar investimentos nos próximos 20 anos para fortalecer a interiorização. Desses subpólos, 17 têm entre 100 mil e 500 mil habitantes. As demais são menores, pois no Norte poucos centros regionais têm mais de 50 mil habitantes.

De acordo com o Ministério do Planejamento, o estudo já foi utilizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para definir onde serão implantados três centros tecnológicos. Mato Grosso, Tocantins e Maranhão devem ganhar novas unidades.

Para o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, Afonso Oliveira de Almeida, as cidades médias devem concentrar investimentos porque têm o papel de oferecer serviços públicos e privados que não conseguem operar em cidades pequenas.
Almeida também entende que há um "ponto ótimo" para o crescimento urbano do qual as cidades médias se aproximam. Ainda segundo ele, nas cidades grandes, "há problemas gerados pelo crescimento exacerbado, que produz 'deseconomias' de aglomeração". A expressão refere-se a problemas econômicos e sociais complexos que dificultam a gestão de políticas públicas.

O trabalho encomendado pelo ministério demorou um ano para ficar pronto. Ele foi coordenado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) e elaborado pelo Cedeplar, ligado à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O professor Clélio Campolina Diniz, que coordenou o trabalho do Cedeplar, considera que as cidades médias têm dois papéis: frear a concentração exagerada das "megacidades" e funcionar como novos centros de serviços que suportem a rede de produção de sua região.

"Por exemplo, na fronteira agrícola, é preciso ter cidades que sejam centros de comercialização, que ofereçam insumos e uma rede de serviços educacionais e de saúde", afirma.
Segundo ele, a proposta é baseada na experiência francesa, que fomentou as chamadas metrópoles de equilíbrio para frear o crescimento de Paris.

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