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11/12/2008

Com concurso de moda, policiais querem afastar imagem repressora

DA EDITORIA DE TREINAMENTO

Para afastar a imagem de Polícia Militar como força repressora da ditadura, a Associação dos Oficiais da PM do Distrito Federal promoveu um concurso entre estudantes de moda de Brasília, que criaram novos modelos de fardas para a corporação. O desfile -que contou com "looks" de gala e social feminino e masculino, batalhão masculino e para oficiais grávidas- aconteceu em outubro, no Congresso Nacional de Oficiais Militares.

"A farda é instrumento que impõe respeito, mas também pode distanciar as pessoas devido a um mecanismo psicológico que vem da ditadura", afirma o major Leobertino Lima Filho, presidente da associação.

Alan Marques/Folha Imagem
a modelo Suzana Lustosa com uniforme da polícia do Distrito Federal
A modelo Suzana Lustosa veste uniforme da polícia do DF

Para o uniforme de rua, a estudante vencedora, Cristina Cardoso Vaz, 24, optou por manter a combinação de blusa cinza-claro e calça preta, mas usou tecidos mais leves para facilitar a movimentação e a absorção de calor. Para as mulheres, escolheu corte acinturado, "com inspiração nos anos 50 e 60".

Outros Estados também mudaram de visual sem apontar razões políticas. Os militares, no entanto, tiveram participação na história das fardas. Quando o regime reorganizou as polícias, tentou impor o azul-petróleo como padrão, mas não contou com a adesão geral: alguns Estados preferiram manter a tradição das forças brasileiras, o cáqui.

Tocantins, fundado apenas em 1988, fala de retorno às origens quando explica sua adoção da cor, em 2004. Na Bahia, a retomada do cáqui -mais adequado ao calor- ocorreu em 1997.

No Amapá, um pelotão testou, em 2001, fardas azuis-claras em operações de rua e ouviu a opinião de 5.000 pessoas. Segundo o coronel Pedro Melquíades Lopes, o azul-petróleo não tinha boa receptividade.

(GISELE LOBATO e NANCY DUTRA)

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