São Paulo, sábado, 5 de julho de 2008

10 passos para conhecer as estrelas

1) Com esse guia das estrelas nas mãos, a dica é que você procure um lugar mais afastado e alto, fugindo das luzes da cidade, que dificultam a visão das constelações.

2) É importante escolher um local em que você saiba onde o Sol nasce ou se põe, já que essa informação é fundamental para o uso correto da carta celeste. Em caso de dúvida, porém, não se preocupe: chegue na área escolhida na hora do pôr-do-sol. Assim, não há chance de errar, dá para iniciar a observação mais cedo.

3) Caso o tempo fique nublado ou ocorra qualquer outro imprevisto, não desanime: você pode usar o mapa ao lado por até uma semana. O céu se mostrará um pouco diferente, sobretudo com relação à posição dos planetas, mas, ainda assim, ele o auxiliará na localização dos astros.

4) Então, fique posicionado de acordo com os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste). Como? Primeiro, oriente-se: lembre que o Sol nasce no leste e se põe no oeste. Então, aponte seu braço direito em direção ao leste e o esquerdo, em direção ao oeste. Ao se posicionar dessa forma, você terá, à sua frente, o Norte.

5) Pegue a carta celeste e repare que ela tem, em suas extremidades, os pontos cardeais. Então, coloque-a acima da sua cabeça e a oriente segundo as direções: norte (à sua frente), sul (atrás de você), leste (à sua direita), oeste (à sua esquerda).

6) Por estarmos no hemisfério Sul da Terra, esse ainda não é o jeito certo de usar o mapa do céu. Então, você tem que fazer mais uma tarefa antes de iniciar sua observação: girar o corpo totalmente até ter, à sua frente, o sul (e não mais o norte). Mas, atenção: não mude a posição da carta celeste. Deixe-a na posição indicada anteriormente.

7) Repare que, agora, você tem o sul à sua frente, o norte às suas costas, o oeste à sua direita e o leste ao seu lado esquerdo.

8) Aí comece a observação. Escolha uma ponto de partida -por exemplo, o Cruzeiro do Sul. E tente encontrar, no céu, as outras constelações que aparecem no mapa. "Na carta celeste, próximo ao Cruzeiro do Sul, encontramos Musca (a Mosca), uma outra constelação. Se observamos a região próxima ao Cruzeiro do Sul, a encontraremos", explica o astrônomo Antares Kleber, do Observatório Nacional. Da mesma forma, próximo ao Cruzeiro do Sul, é possível ver Centauro, e, a seu lado, Lupus (Lobo).

9) Estrelas mais brilhantes, satélites como a Lua e até mesmo planetas também podem servir como pontos de partida para localizar constelações no céu. É o caso de Antares, uma estrela bastante brilhante e vermelha, que faz parte da constelação de Escorpião. Se você a encontrar, certamente também achará esse conjunto de estrelas. "No inverno, lá pelas 20h, é possível ver Escorpião muito bem", diz o físico Inácio Araújo, do Museu de Astronomia e Ciências Afins.

10) Os planetas também funcionam como bons pontos de referência porque, ao contrário do que ocorre com as estrelas, não dão a impressão de piscar. Em geral, aparecem como pontos luminosos contínuos. No mapa, veja como a constelação de Sagitário está perto de Júpiter -que tem uma cor alaranjada- e da constelação de Escorpião. O mais fácil de achar no céu é Marte, por conta de seu tom avermelhado.

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