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São Paulo, sábado, 5 de novembro de 2005

LIVROS

"O Dragão de Wavel" traz lendas que tecem a história da Polônia, com tártaros, sereias, princesas e pão de mel

Polonezas

LUCRECIA ZAPPI
DA REPORTAGEM LOCAL

A fauna na Polônia é variada, embora não seja mais tão interessante como no passado, quando dragões gingavam nas florestas, sereias -sereia é bicho ou é gente?- nadavam à beira de Varsóvia, e águias brancas sobrevoavam o país.
"O Dragão de Wawel e Outras Lendas Polonesas (ed. Record, R$ 24,90), escrito por Anna Klacewicz e Leticia Wierzchowski, ambas descendentes de poloneses, e ilustrado em preto-e-branco pelo pernambucano André Neves, tem uma série de histórias que contam a origem lendária da Polônia, um país do Leste Europeu.
Boa parte das lendas se passam à margem do rio Vístula, o rio comprido que banha muitas cidades polonesas. Do fundo do rio saiu a sereia Sawa, que se apaixonou pelo pescador Wars, dando origem à cidade Warsawa, ou Varsóvia, capital da Polônia.
Mais adiante, no mesmo rio, onde estão as terras de Malopolska, um dragão explodiu de tanto beber água, ao tentar acalmar a dor de barriga. O dragão, cuja a pele virou um monte de sapatos, está na capa do livro.
Mas o mais legal mesmo é que até hoje, se você for para a Polônia, para Cracóvia por exemplo, lugar em que o dragão da capa costumava aparecer, vai ver o monte Wawel, lugar em que o rei Krak construiu seu castelo.
Ou a igreja de Santa Maria, onde toca-se o trompete desde a torre Hejnal, anunciando que não há tártaros ou inimigos à vista. Igualzinho à lenda "A História do Trompetista da Cracóvia".

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