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Bichos
Os penetras
De carona em navios ou aviões, os bichos invasores viajam de um país a outro e causam a maior confusão por onde chegam
GRAZIELLE SCHNEIDER
LUIZ GUSTAVO CRISTINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Você provavelmente já ouviu a história do sapinho que
pegou carona no violão do
urubu e entrou sem ser convidado
numa festa do céu.
Atrevido, não? Mas os cientistas
dão outro nome a isso:
o sapo é um bicho invasor.
Sílvia Ziller e Marcia Chame estudam
os bichos invasores
e contam que são animais
levados da região em
que estavam para uma em
que nunca estiveram. Eles
vêm trazidos por viajantes,
ou como bicho de estimação,
ou para servir de alimento.
Há também os que chegam
por acaso, pegando carona
em navios. Isso aconteceu,
principalmente, nos séculos
15 e 16, época em que os europeus colonizaram o Brasil.
Os bichos ficam à vontade
na sua nova casa e, como
não encontram animais que
se alimentem deles, se espalham rapidamente.
Visitantes indesejados
Os invasores podem criar
problemas, pois competem
por alimento e território com
as espécies nativas. E ainda
podem afetar nossa saúde.
Um exemplo é o mosquito
Aedes aegypti, transmissor
da dengue e da febre amarela.
Trazido da África para
o Brasil em navios, adaptou-se
muito bem às nossas cidades.
Qualquer recipiente
com água parada é perfeito
para ele se reproduzir. Se
carregar o vírus da dengue,
sua picada poderá transmitir
a doença e até matar.
Mas o que fazer para evitar
essa invasão? Sílvia Ziller
aconselha que você nunca
traga animais quando voltar
de uma viagem. Por mais fofinhos
que eles sejam, têm
seu próprio habitat. Tirá-los
de lá traz problemas para o
ambiente e para os bichos.
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