São Paulo, sábado, 8 de maio de 2010

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Bichos

Os penetras

De carona em navios ou aviões, os bichos invasores viajam de um país a outro e causam a maior confusão por onde chegam

GRAZIELLE SCHNEIDER
LUIZ GUSTAVO CRISTINO

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Você provavelmente já ouviu a história do sapinho que pegou carona no violão do urubu e entrou sem ser convidado numa festa do céu.
Atrevido, não? Mas os cientistas dão outro nome a isso: o sapo é um bicho invasor.
Sílvia Ziller e Marcia Chame estudam os bichos invasores e contam que são animais levados da região em que estavam para uma em que nunca estiveram. Eles vêm trazidos por viajantes, ou como bicho de estimação, ou para servir de alimento.
Há também os que chegam por acaso, pegando carona em navios. Isso aconteceu, principalmente, nos séculos 15 e 16, época em que os europeus colonizaram o Brasil.
Os bichos ficam à vontade na sua nova casa e, como não encontram animais que se alimentem deles, se espalham rapidamente.

Visitantes indesejados
Os invasores podem criar problemas, pois competem por alimento e território com as espécies nativas. E ainda podem afetar nossa saúde.
Um exemplo é o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela.
Trazido da África para o Brasil em navios, adaptou-se muito bem às nossas cidades.
Qualquer recipiente com água parada é perfeito para ele se reproduzir. Se carregar o vírus da dengue, sua picada poderá transmitir a doença e até matar.
Mas o que fazer para evitar essa invasão? Sílvia Ziller aconselha que você nunca traga animais quando voltar de uma viagem. Por mais fofinhos que eles sejam, têm seu próprio habitat. Tirá-los de lá traz problemas para o ambiente e para os bichos.

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