São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

Bate-papo

Mestre dos vilões

Especialista em vilões da Disney conta como é dar vida aos personagens malvados

CLARICE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se você é daqueles que tremem de medo diante de qualquer vilão, não deve gostar nada, nada de Andreas Deja, 50, animador dos estúdios Disney.
Pois é, talvez você nem conheça o nome dele, mas provavelmente vai se lembrar de alguns dos malvadões que ele ajudou a criar -leia mais ao lado.
Ok, ele também participou da criação de alguns personagens mais bonzinhos, como o herói Hércules, a fofa Lilo e o sábio Tritão, pai da Pequena Sereia, mas são mesmo os malvados que dão fama a esse animador.
"Eles são mais interessantes na hora de assistir e na de animar também. Há bem mais diversão envolvendo os vilões", diz.
Ele se apaixonou pela animação cedo: aos dez anos, depois de assistir a "Mogli". E, depois de alguns trabalhos, recebeu convites para fazer um vilão atrás do outro.
Mas, de todos eles, quem será o pior?
"Por causa da voz e do poder da personalidade, escolheria o Scar [de "O Rei Leão'" como favorito", diz. "Ele é um vilão que realmente gosta de ser mau. É esperto e inteligente, e acho que isso o torna mais perigoso."
Mas não vá pensando que basta ter uma cara feia e fazer alguma ruindade para virar um vilão, não. Andreas explica que é preciso criar uma personalidade única.
"Se o vilão for só alguém malvado, ou que irrita as pessoas, pode ser meio chato. É preciso ir além dessas coisas e criar outras características para o personagem", explica o mestre.

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