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Passeio
Em noite de vaga-lumes
A visita noturna ao Zoológico de São Paulo dura quase três horas e é cheia de surpresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Já era noite quando o grupo saiu de mochila nas costas e lanterna nas mãos. Lá
fora, um bando de vaga-lumes fazia uma festa só, com
muitas luzinhas, num campo. Até parecia que estavam
recepcionando os visitantes
durante o passeio noturno
ao Zoológico de São Paulo.
Mas essa não foi a única
surpresa da visita, que dura
quase três horas -para encarar na boa o trajeto, é melhor ter mais de cinco anos e
ficar firme e forte à noite.
No passeio, é curioso conhecer mais sobre os animais de hábitos noturnos, a
começar pela coruja-de-orelha Hera, apresentada ao
público já no auditório.
Diante dos olhares curiosos das crianças, Hera voava
de um lado para o outro,
sempre após o chamado do
pessoal do zôo. E algumas
crianças ficavam assustadas
com os rasantes da coruja,
que voa sem fazer barulho.
Caminhada
Depois, é hora da caminhada. Logo ao chegar ao recinto dos machos de sussuarana Kit e Ket, surpresa: os
felinos afiam suas garras. Aí
surgem a jaguatirica, o gato-pescador e o leopardo-das-neves, entre outros. Ver os
leões e os tigres bem de pertinho na área onde dormem
à noite já vale o passeio.
Mas é Tetéia, a velhinha
do zôo, no entanto, que garante o ponto alto da visita.
À noite, ela e Sininho (sua filha caçula) saem do poço
para se alimentar. Famintas, as duas abrem bem as
bocarras, nem aí para a turma que só falta aplaudir.
(GABRIELA ROMEU)
Que já morou lá
Cacareco para
vereador!
Seus avós devem se
lembrar da história do
rinoceronte Cacareco,
que ficou famoso por ter
virado o vereador mais
votado nas eleições de
1958. O animal, que vivia
no Rio de Janeiro, chegou
em São Paulo no ano de
inauguração do zôo. Logo
virou celebridade. Aí não
deu outra: sem prometer
nada, o rinoceronte
conquistou 100 mil votos
nas eleições.
Bruma e sua amiga égua
História curiosa é a da amizade entre a elefanta
Bruma e uma égua. A elefanta vivia num zoológico
particular que existia na Vila Maria, bairro
de São Paulo. Em frente ao
recinto de Bruma, vivia uma
égua. No dia em que ela foi
transportada para o zôo, em
1976, só entrou na carreta
depois que lá colocaram sua
amiga égua. No zoológico,
uma viveu ao lado da
outra. Dizem que, quando
tentavam retirar a égua
de lá, Bruma fechava a
passagem.
Tarzã vai à missa
Nos anos 70 e 80, o pessoal do zôo costumava
levar uma vez por ano alguns animais ao largo São
Francisco, em São Paulo, onde recebiam uma benção.
Era comum as pessoas levarem seus cãezinhos ou
gatinhos, mas não lhamas e camelos! Certa vez,
levaram o chimpanzé Tarzã. Vestido de macacão
e tênis, o macaco aprontou no meio da missa. De
repente, ele entrou debaixo da batina do padre, que
ficou apavorado. Brincalhão, o macaco levantava
e abaixava a batina do padre, como se estivesse
brincando de esconde-esconde.
PARA AGENDAR
Passeio noturno ao Zoológico de São Paulo
(tel. 0/xx/11/5073-0811): R$ 60; crianças
de cinco a dez anos pagam R$ 40. Os próximos
passeios estão agendados para os
dias 28/3, 11 e 25/4, 9 e 30/5, 13 e 27/6.
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