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TEATRO Musical "Avoar" reinventa jogos do tempo de seus pais e avós De volta às brincadeiras de quintal GABRIELA ROMEU COLABORAÇÃO PARA A FOLHA O folclore revive toda vez que é lembrado ou reinventado. No musical "Avoar", o diretor Vladimir Capella recria o universo folclórico das cantigas de roda, das parlendas, dos jogos populares e das adivinhas, sobreviventes de uma cidade cinzenta, tumultuada e barulhenta. Entre arranha-céus grafitados, há ainda espaço para um pátio de brincadeiras. É lá que um elenco jovem -e afinado- entoa brincadeiras como boca-de-forno, pêra, uva ou maçã, cabra-cega e vaca-amarela, entre outras que habitam a infância. São os mesmos jogos com os quais seus pais, avós e bisavós já brincaram alguma vez na meninice, num tempo em que criança não tinha computador nem videogame. Em "Avoar", no entanto, as brincadeiras de quintal ganham cara contemporânea, ou seja, dos dias de hoje. Aí a regra é fazer tudo o que o seu mestre mandar, brincadeira que, no espetáculo, lembra uma aula de aeróbica. O figurino do elenco, feito de retalhos coloridos e jeans reciclados, bem que poderia estar em um editorial de moda. E, entre canções com ritmos regionais, há até um "balança caixão" embalado por um rap. Assim como no mundo do faz-de-conta infantil, cenário e luz viram brincadeira no musical, encenado pela primeira vez em 1985. As escadas ora são os prédios da cidade, ora viram uma canoa. Diretor de "O Homem das Galochas" e "Panos e Lendas", Capella também brinca com colagem dos contos de fada ao inventar uma Julieta com tranças de Rapunzel. AVOAR. Onde: teatro Imprensa (r. Jaceguai, 400, Bela Vista, tel. 0/xx/11/3241-4203). Agendamento para escolas pelo telefone 0/xx/ 11/3107-0804. Quando: sáb. e dom., às 16h. Quanto: R$ 20. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | |||
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