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São Paulo, sábado, 20 de novembro de 2004

Cara nova para o que já vem pronto

DA REPORTAGEM LOCAL

Às vezes, o brinquedo já vem pronto, mas ainda não está ao gosto da criança. Fazer alguns ajustes acaba sendo a solução. Gabriela, 7, adaptou o jogo Cara a Cara da maneira que achava mais legal. No jogo original, são dois jogadores tentando adivinhar as carinhas sorteadas por cada um através das descrições: cor do cabelo, se usa óculos, se tem chapéu... Gabriela, no entanto, achou que seria mais legal ter um Cara a Cara de bichos e desenhou ela mesma todas as cartas. "Eu pensei nos bichos porque tem mais coisas para perguntar sobre eles", diz. "Dá para perguntar se ele mora no zoológico, se é um bicho da fazenda", conta Gabriela, que costuma jogar com a mãe. "Acho que vou mudar o nome dele para Bicho a Bicho."
Pedro, 9, se tornou um pequeno especialista em petecas. Ele queria trabalhar na televisão e concluiu que precisaria de dinheiro para entrar na TV. Para ganhar dinheiro, resolveu confeccionar petecas de pano e vendê-las a R$ 1 cada uma. "Vendi todas as petecas, umas 20, numa festa de aniversário", conta.
A técnica foi sendo aperfeiçoada e o pai de Pedro o levou à rua 25 de Março, em São Paulo, onde há muita matéria-prima com preço bom. Acabaram descobrindo que a peteca pronta da 25 de Março sairia bem mais barata do que aquela que Pedro estava fazendo, com serragem, penas e pano. O jeito foi comprar a peteca pronta, mais simples, e dar a ela um acabamento de luxo.
Pedro também é craque nos bichos de origami e já fez uma bonecona com estrutura de plástico, tipo fantoche, cabeça de bola de isopor, cabelos de tecido e braços que se mexem.

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