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CINEMA Chega o momento de se despedir do seu filme preferido; e agora? Hora de fazer outra viagem INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA Nada é melhor do que ouvir uma história que amamos. Ou ver um filme que nos fascina. O encanto a cada vez se renova e parece possuir ainda mais força. Mas chega aquela hora em que olhamos dentro daquele filme, buscando nele uma sensação que já não conseguimos sentir. Esse é um momento muito triste. Mas é também um bom momento para procurarmos outro filme. Fazermos uma viagem diferente. O território da animação, que passou algumas décadas desanimadas, hoje é um dos campos mais férteis do cinema. Que tal experimentar "A Fuga das Galinhas"? Ali, as galinhas de uma granja, prestes a virar torta, resolvem revoltar-se. Elas querem ser outra coisa além de um bando de aves submissas, capazes de ir ao matadouro sem um grito de rebeldia. Elas querem ser outra coisa. Assim também acontece com "Babe, o Porquinho Atrapalhado". Onde já se viu porcos com pretensão a cachorrinhos? Pois Babe está nesse caso. Ninguém diga que porcos só servem para presunto. Ele mostrará que não nesse filme que, por sinal, não é de animação. Quem não viu "Procurando Nemo"? É a história de um filho que luta para salvar o pai. A mesma história está no clássico "Pinóquio", em que o menino-boneco tenta salvar o pai, o velho Gepetto, engolido por uma baleia. "Pinóquio" é um desenho de Walt Disney, que foi um mágico. "Bambi", "A Dama e o Vagabundo", "Fantasia" e outros tantos desenhos são de tirar o fôlego de tão bons. E, é claro, quem não gosta do velho Pica-pau? A mim ele ensinou que nada neste mundo merece tanto respeito assim. E que com umas bicadas pode-se destruir a pompa de pessoas e instituições que se tomam por grande coisa, mas, vai-se ver, não são nada. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | |||
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