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EXPOSIÇÃO Mostra exibe pintura dos homens que viviam nas cavernas e objetos que eles usavam Pré-história do Brasil se reúne em SP JANAINA FIDALGO DA REPORTAGEM LOCAL Desenhos feitos nas paredes das cavernas, peças de cerâmica e instrumentos de caça. Todos esses objetos, que ajudam a contar como era o cotidiano de homens pré-históricos -que viviam aqui muito antes da chegada dos portugueses-, serão mostrados a partir de hoje em uma exposição, em São Paulo. A pré-história é o nome que se dá ao período anterior ao aparecimento da escrita -ou seja, antes de 4.000 a.C. Essas pessoas de milhares de anos atrás tinham de fazer um pouco de tudo: lascavam e poliam rochas para fazer lanças, fabricavam machados e cestos, faziam cerâmicas para guardar alimentos e para enterrar seus mortos. Eram eles também que construíam seus próprios instumentos musicais e aprendiam a tocar sozinhos. Além dos objetos, há também algo dos próprios homens pré-históricos na mostra. É o caso de Zuzu, nome que foi dado a um crânio humano achado no Parque Nacional Serra da Capivara, com mais ou menos 11.060 anos. Bastante, não? "O que se procurou foi mostrar o que existe no Brasil de valor cultural. Os adultos e as crianças vão ver todas as coisas belíssimas de tecnologia e de arte que existiram aqui", conta a doutora em arte rupestre pré-histórica Anne-Marie Pessis. "Os pássaros sempre fizeram seus ninhos usando terra, palha e outros materiais, fechando-os para evitar o frio, apenas com uma portinha. Veja que nós não inventamos nada. Somos apenas pessoas que copiam porque já existem criações de outras espécies não-humanas na natureza. O que fazemos é aprimorá-las", diz Pessis. Entre as mais de 150 peças exibidas na mostra, há também o esqueleto de uma preguiça gigante e projeções de pinturas rupestres de sítios do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, e do Seridó, no Rio Grande do Norte. ANTES - HISTÓRIAS DA PRÉ-HISTÓRIA. Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (r. Álvares Penteado, 112, centro, SP, tel. 0/xx/11/3113-3651). Quando: de terça a domingo, das 10h às 21h; até 25/9. Quanto: entrada franca. Texto Anterior | Índice |
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