São Paulo, sábado, 28 de junho de 2008

Fora da redoma

Poder brincar livremente por ruas, quadras e parquinhos dos condomínios é uma delícia. Geralmente, não tem ladrão, assalto, barulho nem trânsito.
Mas, e depois, quando você crescer e precisar "enfrentar" as ruas?
A psicóloga Eda Terezinha de Oliveira Tassara, professora do Instituto de Psicologia da USP, diz que é preciso contar com o apoio dos pais -e até da escola- nesse momento de transição. "Nesses espaços, é possível ter liberdade. Mas essa liberdade não existe lá fora."
Ela explica que, nos condomínios, as crianças são criadas em espaços com características irreais, que não serão reproduzíveis fora deles. "A menos que cresçam e depois vivam dentro de carros blindados", afirma.
Já Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP, diz que viver em condomínio não representa, necessariamente, um distanciamento do mundo. "Ali, é possível vivenciar as brincadeiras feitas antigamente nas praças ou ruas."

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