São Paulo, domingo, 2 de janeiro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Política bloqueia o plano
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
E não dá para apressar por causa de três obstáculos políticos: 1) este é o último ano do governo, tradicionalmente um período de expansão de gastos e de afrouxamento fiscal; 2) falta uma maioria política estável capaz de decidir a tempo as principais questões; 3) o presidente Itamar Franco, que antes se ocupava de assuntos que não devia e agora não se ocupa de nada, é incapaz de comandar o processo de estabilização. Nesse quadro, o cenário mais provável para 1994, segundo a MCM, é o seguinte: Inflação - pode ser menor do que os 2.567% do ano passado, mas não muito. A tendência indica que a taxa se acelera no início do ano, cai após a introdução da URV, mas permanece acima de 10% mensais. Se o governo apelar para alguma mágica, a inflação pode ser de um dígito, mas por um breve período, antes de voltar a subir. Atividade econômica - o Produto Interno Bruto continua crescendo, mas a um ritmo menor do que os 4,5% de 1993. Espera-se algo entre 2% a 2,5%. Realizado este cenário, a MCM Consultores entende que o Plano FHC terá tido um sucesso relativo: a inflação não terá explodido, nem terá ocorrido uma ruptura institucional. O que está bom para as condições do ano. (CAS) Texto Anterior: Brasil não terá hiper nem estabilidade Próximo Texto: Rosenberg prevê fracasso parcial Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |