São Paulo, terça-feira, 4 de janeiro de 1994
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Sobrevida para o trólebus

AYRTON CAMARGO E SILVA

Um dos mais importantes instrumentos de melhoria da qualidade de vida nas metrópoles é o transporte coletivo. Quanto maior for seu nível de serviço, maior será sua competitividade com o transporte individual.
A partir dos anos 70, houve um grande aumento dos investimentos em transporte urbano, em especial com a implantação de diversos sistemas eletrificados de transporte. Dentre estes, o trolebus foi priorizado na operação em superfície de corredores adensados, pelo seu baixo impacto ambiental e elevado nível de serviço.
Paradoxalmente, enquanto diversas cidades se mobilizavam para implantar novos sistemas ou melhorar os existentes, ao final dos anos 80 o governo federal inverteu toda a política de estímulo à essa modalidade, extinguindo a tarifa diferenciada de energia elétrica, que se refletiu no aumento dos gastos com a tração.
Essa elevação de gastos tornou o trolebus menos competitivo que o ônibus a diesel, apesar de, num cômputo mais amplo, seus benefícios serem superiores. Isto se refletiu na paralização dos planos de expansão dos sistemas.
Esforços vêm sendo feitos pelo setor para sensibilizar o governo federal e estimular novamente o transporte eletrificado como forma de elevar a qualidade de vida nas cidades, sendo esta uma das reivindicações da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos) no Conselho Nacional de Transportes Urbanos.

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