São Paulo, quinta-feira, 6 de janeiro de 1994
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Testemunha reconhece assassino de Perdizes

DA REPORTAGEM LOCAL

Luiz Flávio Bertolucci Pignatari, 18, o "Gé", foi reconhecido ontem por duas testemunhas como o autor do tiro que matou a dona-de-casa Vilma de Souza Buran, 42. O crime aconteceu em 30 de novembro passado na rua Caiowáas, em Perdizes (zona oeste de São Paulo). Vilma havia ido buscar o filho Bruno, 11, na escola e foi morta por um ladrão que queria seu Santana.
Pignatari foi preso em flagrante em 29 de dezembro de 93 sob a acusação de assaltar o apartamento do médico Arildo Lobo na rua Tabapuã, no Itaim Bibi (zona oeste). No 15.º DP, ele confessou ter participado três dias antes do assalto a um prédio da rua Jacurici em que foram mortos o empresário Jairo Ferreira, 46, e seu filho Alexandre, 19.
Pignatari já era suspeito da morte de Vilma antes de ser detido. "Ele deveria depor nesse caso no dia em que foi preso no Itaim Bibi", afirmou o delegado Carlos Alberto Ferreira Sato, 38, da Divisão de Homicídios. Segundo o delegado, as duas testemunhas não tiveram dúvidas em apontar Pignatari. No dia do crime ele estaria vestindo chinelos de dedos, bermuda e camisa.
Segundo a professora Miriam Bertolucci, 47, mãe do acusado, seu filho não estava em São Paulo no dia do crime. A polícia pretende ouvir o depoimento do acusado na próxima semana. Só então ele deverá ser indiciado. "Estamos investigando a possibilidade de um outro homem ter participado do crime de Perdizes", disse o delegado, que não revelou a identidade das testemunhas.
O grupo do qual Pignatari fazia parte também é suspeito da morte do estudante Fernando Martins Veloso em dezembro passado. Além de Pignatari, estão presos Arnaldo Rogério Sena, 18, o "Buiu", e Fábio Teixeira, 23, o "Lalá". Esses dois também são acusados do crime da rua Jacurici.

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