São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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AT&T ganha liminar em concorrência da Telebrás

DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça Federal de Brasília concedeu ontem à AT&T Network Systems do Brasil liminar determinando que não sejam destruídos ou devolvidos os envelopes com as propostas de preços para a megaconcorrência da Telebrás. A licitação, revogada pela estatal no dia 29 de dezembro, previa a compra de 55 centrais telefônicas destinadas à implantação de 720 mil novos telefones no país. Era estimada em US$ 200 milhões.
Segundo Antonio Carlos Rego Gil, presidente da AT&T, a liminar foi concedida em mandado de segurança impetrado pela empresa com base na lei 866, que garante aos participantes de licitações ampla defesa no caso de cancelamento da concorrência.
"Esse é mais um passo na disputa. Nossa posição nasceu da certeza de que fizemos tudo corretamente, de acordo com os moldes do sistema adotado hoje no país", afirma Gil. O presidente da AT&T disse que a empresa "irá até o fim na Justiça" para participar da licitação.
Rego Gil critica a revogação da licitação, mas entende que não houve cancelamento porque a concorrência está "sub judice". "Existe uma concorrência em andamento e os envelopes com as propostas estão lá. Não vejo a coisa como acabada e essas propostas não podem ser destruídas", disse Gil.
A revogação da concorrência pela Telebrás aconteceu em função da resistência das indústrias (NEC, Ericsson, Alcatel e Equitel) à entrada da norte-americana AT&T na disputa.
O diretor comercial da Ericsson, Sérgio Lopes, acha que a liminar pode atrasar ainda mais a retomada da concorrência pela Telebrás. "Não deveriam colocar mais obstáculos ao processo para que ele retornasse o mais rápido possível", afirma Lopes.

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