São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994 |
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AS VERSÕES SOBRE O CRIME Segundo José Carlos de Souza, diretor do sindicato e integrante do grupo de oposição a Cruz, em depoimento prestado ontem no 1.º DP de Santo André 1) Souza estava com Cruz na sala da presidência quando José Benedito de Souza, o Zezé, entrou e passou a cobrar o pagamento de verba de representação (de 4,5 salários mínimos) para os diretores do sindicato. 2) Cruz pediu para Zezé sair da sala. Ambos começaram a discutir e a se xingar. Cruz se abaixou para pegar algo na gaveta e Zezé sacou a arma. 3) Neste momento, Souza saiu da sala correndo e ouviu os disparos. Segundo Robson Bezerra, filiado ao sindicato e do grupo de apoio a Cruz 1) Cruz e o sindicalista Cícero Novaes, o Cição, conversavam na sala da presidência da entidade. Eles discutiam quem poderia ter quebrado a divisória da sala de Cruz horas antes, quando José Carlos de Souza e José Benedito de Souza, o Zezé, chegaram. 2) Cruz pediu para que Bezerra e Novaes saíssem da sala. Ao sair, Bezerra ouviu quatro tiros e viu Zezé deixar a sala com a arma na mão. 3) Bezerra correu atrás de Zezé. Já na rua leva uma pancada na cabeça, fica zonzo e desiste da perseguição. Ele não soube identificar quem desferiu o golpe em sua cabeça. Segundo Luiz Carlos Gomes, ex-diretor do sindicato e ligado ao grupo de apoio a Cruz 1) Gomes e o sindicalista Cícero Novaes, o Cição, estavam na sala da presidência do sindicato conversando com Cruz Júnior sobre os danos na divisória. 2) A conversa foi interrompida por José Carlos de Souza e José Benedito de Souza, o Zezé, que disse que não chutaria a divisória e sim a cara (sic) de Cruz. Este pediu para Gomes e Cição deixarem a sala. 3) Ao saírem, os dois ouviram quatro disparos. Em seguida Zezé saiu na sala e, com a arma em punho, ameaçou Gomes e fugiu. José Carlos de Souza sai da sala empurrando o corpo de Cruz. Segundo Cícero Novaes, sindicalista e do grupo de apoio a Cruz 1) Novaes estava na sala da presidência do sindicato com Cruz e Luiz Carlos Gomes quando José Carlos de Souza e José Benedito de Souza entraram no local. 2) Começou uma discussão sobre a divisória quebrada. Cruz pediu para Novaes e Gomes saírem. 3) Depois de deixar a sala, Novaes viu Zezé sair e entrar na sala três vezes. Na terceira, ele ouviu os disparos e viu Zezé sair da sala com a arma na mão. Fonte: Reportagem Local Texto Anterior: Líder de Fleury pede CPI Próximo Texto: Testemunhas se contradizem Índice |
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