São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Equipe espera ter Orçamento aprovado na próxima semana

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, disse ontem à noite em São Paulo que na próxima semana fechará o acordo com o Congresso para aprovação do novo Orçamento e dos aumentos de impostos, nas condições que ele considera necessárias para o programa de estabilização: com deficit zero e com a formação de um Fundo de Emergência, com recursos livres, à disposição do Ministério da Fazenda.
Fernando Henrique disse ainda que vai resistir às pressões para precipitar a criação da URV. "A URV só será introduzida em condições propícias para o Plano, não para o pessoal ganhar dinheiro em cima dela", afirmou o ministro. Referia-se, no caso, a setores que aumentaram preços esperando passar para a URV com vantagens. FHC recusou-se a fixar data para a criação da URV.
Na proposta do governo, o Fundo de Emergência, de US$ 15,8 bilhões, será formado com 15% da arrecadação de todos os impostos e contribuições. Com isso, o Fundo fica com US$ 2,7 bilhões que seriam transferidos para Estados e Municípios. Em São paulo, o ministro disse que negocia algum meio de aliviar a situação dos Estados e Municípios, mas desde que se arranje de algum outro modo os mesmos US$ 2,7 bilhões para formar o Fundo. A equipe econômica considera o Fundo essencial porque dá ao Ministério da Fazenda mais controle sobrre o Orçamento.
Fernando Henrique disse que seu novo assessor, Milton Dallari, especialista em preços, vai "ser uma ponte com o empresariado nessa matéria" e que continua descartando controles de preço. Mas o ministro pretende que o assessor ajude no combate à especulação.
O ministro jantou no Caesar Park, na rua Augusta, região dos Jardins, com executivos de empresas japonesas, numa promoção da Câmara da Indústria e Comércio Brasil-Japão. Chegou com uma hora e meia de atraso, para desespero dos organizadores. Presidentes das mais importantes multinacionais japonesas estavam lá.

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