São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Empresário responderá a outros processos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O empresário Paulo César Farias ainda terá muitos processos a responder no Judiciário. Só na 10.ª Vara de Justiça Federal de Brasília tramitam dez inquéritos e duas ações criminais, uma delas a da Brasil Jet, que condenou o empresário a quatro anos de prisão em regime aberto.
No STF (Supremo Tribunal Federal) tramita o processo principal contra o empresário. Esse processo investiga a atuação de PC Farias no governo Collor e a participação do próprio ex-presidente Fernando Collor de Mello no tráfico de influência promovido pelo esquema. A eventual participação da ex-ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, com o esquema também está no Supremo.
O "processo-mãe", como é conhecida a peça que está no STF, investiga outras pessoas como o ex-secretário particular de Collor, Cláudio Vieira, as secretárias Rosinete Melanias e Marta Vasconcelos, o piloto Jorge Bandeira e o motorista Roberto Carlos Maciel. O processo já está em fase final de diligências e deve ser julgado no primeiro semestre deste ano.
Além dos processos que estão na 10.ª Vara e no STF, outros inquéritos estão na Procuradoria da República do Distrito Federal. Dois procuradores, Italo Fioravanti e Odim Ferreira, cuidam do caso. Está aguardando um parecer, por exemplo, o inquérito que investiga um contrato entre a CEF e a Credicard em que PC Farias teria sido o intermediador. Por envolver uma empresa estatal, esse inquérito pode ir para o Supremo.
A PF (Polícia Federal) também continua trabalhando nas denúncias de irregularidades que teriam sido cometidas pelo empresário. Alguns inquéritos ainda não foram concluídos. Depois de prontos, devem ser mandados para a 10.ª Vara automaticamente.

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