São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Música pop brasileira faz a festa no M2.000 e no Hollywood Rock

BIA ABRAMO
DA REDAÇÃO

A música pop brasileira vai muito bem, obrigado. A prova? Hollywood Rock e M2.000 têm nos grupos nacionais parte de seu atrativo. Curiosamente, as escolhas dos dois festivais acabaram por fazer uma radiografia da diversidade de estilos de diferentes gerações do pop brasileiro. No caso do M2.000, o acerto veio pela novidade e pela agilidade em escalar bandas ainda emergentes. O Hollywood Rock se pautou pela consistência já testada - e não teve erro.
É uma prova clara de que o cenário mudou. Se no Hollywood Rock do ano passado a seleção nacional (Dr. Sin, Engenheiros do Hawaii, Biquíni Cavadão, DeFalla e Midnight Blues Band) fizeram uma pálida figura diante dos estrangeiros (Nirvana, L7, Red Hot Chili Peppers, sobretudo), em 94 os brasileiros quase compensam a frustração com a escalação internacional.
O melhor da MPopB vai pisar os palcos do HR e do M2.000. É significativo que o padrinho de boa parte das bandas novas - e das não tão novas assim - seja o mestre-de-cerimônias da festa. Sim, porque de alguma forma, de Titãs a Gabriel, de Chico Science a Fernanda Abreu, todo mundo deve algo ao sincretismo pop que Jorge Ben (e suas variações ao longo dos anos, Benjor e Ben Jor) faz há 30 anos.
Entre os novos, a estrela e inspiração é o Sepultura, detentor de uma sólida carreira internacional e de uma reputação irrepreensível no circuito metal. Oss novíssimos - Gabriel o Pensador, Chico Science, Skank -, só têm que subir ao palco e dizer a que vieram. O resto, é aguardar os aplausos.

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