São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Preço de bronzeador pode variar até 72,88%

FILOMENA SAYÃO; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Preço do bronzeador pode variar até 72,88%
FILOMENA SAYÃO
Os termômetros estão em alta. Os preços também. Quem vai à praia ou piscina deve tomar fôlego antes de comprar seu protetor solar ou bronzeador. As diferenças de preços assustam. Pesquisa feita anteontem pela Folha constatou que o Sunblock fator de proteção solar (FPS) 4 era vendido por CR$ 3.181 no Eldorado da Pamplona (zona sul) - 72,88% a mais do preço cobrado pela Drogaria São Paulo da avenida Angélica (região central).
As maiores diferenças de preços ficaram para o Sunblock. Esse produto na versão FPS 8 custava CR$ 2.380 e a versão FPS 20, CR$ 3.210 na Drogaria São Paulo. Na Caxopa Perfumaria da r. Pamplona, o FPS 8 era vendido por CR$ 3.730, e o FPS 20, CR$ 4.990.
O Sundown 30, da Johnson & Johnson, conhecido como o mais caro do mercado, podia ser comprado anteontem por CR$ 7.670 na Caxopa ou por CR$ 5.355 na Drogaria São Paulo. Uma diferença de 43,23%.
Quem pretende pegar uma cor neste verão deve ficar atento na hora de escolher o produto. O ideal é optar por os que têm FPS, recomenda o farmacêutico Mário Sérgio Mendes Cardoso, 38, chefe da divisão técnica do Procon, órgão de defesa do consumidor da Secretaria Estadual de Justiça.
O FPS é um filtro. Ele barra a passagem dos raios ultravioleta, que são nocivos à pele. Com aumento no buraco da camada de ozônio da atmosfera, as pessoas ficam mais vulneráveis ao câncer de pele provocado por esse tipo de radiação. A tendência, por isso, é de se optar por produtos com filtro solar, diz Cardoso.
Um ponto importante é escolher o FPS adequado ao tipo de pele. O Procon recomenda que o consumidor leia as indicações do rótulo. Motivo: não há uma padronização do FPS entre os laboratórios. O FPS 3 do bronzeador da Payot, por exemplo, não oferece necessariamente a mesma proteção do produto FPS 3 da Johnson, afirma o técnico.
Recomenda-se também checar no rótulo do produto se ele está inscrito no Ministério da Saúde e se tem um técnico responsável.
Além dessas, valem as dicas triviais: verificar se o produto está dentro do prazo de validade e ler a composição química para identificar se não há substâncias que provocam alergia. Se o consumidor optar por um produto importado, este deve ter, além do rótulo normal, outro em português, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
Colaborou Márcia de Chiara

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