São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994 |
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Atlético é time pobre
MARCELO DAMATO
A diferença é visível mesmo entre outras equipes que estão alojadas no estádio do Pacaembu. Enquanto o Vitória veio de Salvador em ônibus próprio e o Grêmio alugou o seu até a volta a Porto Alegre –paga US$ 100 por dia e US$ 0,50 por quilômetro rodado–, o Atlético veio num ônibus fretado que retornou a Goiânia com a promessa de vir buscá-los para levá-los de volta à capital goiana. No primeiro dia em São Paulo, os jogadores ficaram quase um hora esperando o ônibus cedido pela Prefeitura de São Paulo para levá-los para treinar em Pirituba (zona oeste da cidade). Acabaram indo em três ônibus, todos usados em transporte urbano, diferentes dos ônibus de turismo colocados à disposição de outras equipes. Na hora marcada, vários jogadores estavam no alojamento jogando pebolim, raro em Goiânia. O astro da equipe é o meia Claudinho, 20. Titular do time principal, recebe 1,5 salário mínimo por mês. Se não houver atraso, hoje deverá estar recebendo quase CR$ 30 mil. "É pouco", diz. Por isso, ele e outros colegas seus, campeões goianos de juniores em 1993, só pensam numa coisa: jogar bem na Copa e atrair a atenção de um time de São Paulo. "O futebol do Rio está muito decadente", emenda o jogador, que há cinco anos saiu de Santa Terezinha, onde vivia com a mãe para tentar a sorte no futebol. (Marcelo Damato) Texto Anterior: Técnico procura 'dar exemplo' a jogadores Próximo Texto: Romário pretende se reabilitar hoje; O NÚMERO; Brad Gilbert segue bem em Honolulu; Palmeiras enfrenta Curitibano pela Liga; Isabel e Roseli jogam torneio no Guarujá Índice |
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