São Paulo, sábado, 8 de janeiro de 1994
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Técnico procura 'dar exemplo' a jogadores

DA REPORTAGEM LOCAL

Como jogador, seu ponto alto foi ser campeão paulista de 1985 pelo São Paulo. A época, o técnico Cilinho chegou a deixar o recém-contratado Falcão no banco para mantê-lo no time. Há dois anos como técnico, Márcio Araújo já tem um bom currículo nas categorias inferiores: foi campeão dos aspirantes pela Ponte Preta em 91 e pelo São Paulo, em 93. No ano passado, fez os juniores do mesmo São Paulo serem campeões da Copa em cima do favorito Corinthians, equipe com a qual trabalha hoje. Em entrevista, Márcio explica por que deixou o "moderno" São Paulo.
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Folha - Por que você trocou o São Paulo pelo Corinthians? Foi uma proposta irrecusável?
Márcio Araújo - Não. Ganho menos no Corinthians, financeiramente. Mas achei que estava na minha hora. O trabalho no São Paulo atingiu um estágio em que era muito fácil estagnar. Aqui existe algo a acrescentar. É um trabalho novo, que já esta dando resultados.
Folha - Como foi a final de 93?
Márcio Araújo - Só vencemos porque tivemos humildade. O Corinthians era superior em alguns aspectos.
Folha - Lidar com os juniores é difícil?
Márcio Araújo - Para lidar com pessoas é necessário ser humano e sincero. Trabalhar com jovens é mais difícil, pois eles estão se formando, não só como atletas. É uma idade de afirmação. Procuro dar o exemplo.
Folha - Você é "atleta de Cristo". Procura passar idéias religiosas a eles?
Márcio Araújo - Fui contratado apenas como treinador e não como pregador.
Folha - Você não quer trabalhar com equipes profissionais?
Márcio Araújo - Já recebi convites, mas tenho muito a aprender ainda. Nas equipes inferiores, tanto para mim, como para os jogadores, o erro é inerente. Faz parte do aprendizado. Além disso, o trabalho no Corinthians ainda não está completo. Não seria profissional abandonar o clube agora.

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