São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994 |
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Tecnologia rende US$ 20 mi à Unicamp
EDSON FRANCO
Segundo o diretor-técnico do ETT, Jadson da Silva Freitas, 34, o dinheiro que a universidade recebe do governo estadual cobre apenas os gastos com pessoal. "Sem o dinheiro arrecadado pelo ETT, a manutenção e as pesquisas seriam prejudicadas", afirma Freitas. O ETT foi criado em 1990 para fazer a ponte entre empresa e universidade. Antes de seu surgimento, as negociações eram feitas diretamente com os diversos departamentos da Unicamp. Hoje, o escritório possui um cadastro com 1.200 empresas que mantêm convênios ou que já adquiriram tecnologias produzidas pela Unicamp. Empresas Entre as empresas conveniadas estão IBM, Rhodia e Petrobrás. As três são responsáveis pelas maiores fatias do orçamento gerenciado pelo ETT. As consultas feitas ao ETT são cobradas por tempo. O preço da hora fica entre US$ 50 e US$ 100, variando conforme o assunto e sua complexidade. Qualquer pessoa física ou jurídica pode encomendar um trabalho ao ETT. A maioria das consultas é feita ao ETT por micro e pequenas empresas. Geralmente, os pedidos de informação são encaminhados pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que paga até a segunda hora de consulta. As horas excedentes são pagas pelo empresário. O processo para a assinatura de um convênio com a Unicamp leva de 15 a 20 dias, em média. Esse prazo é necessário para que o ETT receba o pedido e inicie um processo interno para verificar qual departamento da Unicamp pode resolver o problema. Encontrado o departamento, o ETT chama o usuário para uma reunião onde serão discutidos os custos. Falta tecnologia Apesar de solucionar a maioria dos casos que recebe, a Unicamp já perdeu clientes por falta de algumas tecnologias. Como exemplo, Freitas lembra o caso de um empresário interessado em tecnologia para reciclagem de papel, plástico e vidro. A Unicamp ainda não desenvolveu tecnologias nessa área. Já houve casos em que a universidade desenvolveu pesquisas para atender demanda. A Unicamp montou um Centro de Tecnologia de Plástico, depois de receber pedidos de 80 empresas. O ETT assinou convênios recentemente com a IBM e a Usina da Barra, de Barra Bonita (SP). Junto com a IBM, a Unicamp vai desenvolver novos 'softwares' (programas de computador). Como pagamento, a empresa está enviando para a universidade os equipamentos para o laboratório onde serão feitas as pesquisas. O custo do equipamento é de US$ 4 milhões. Com a Usina da Barra, o convênio se refere ao "new sugar", tipo de açúcar que não engorda (leia texto abaixo). Por essa tecnologia, a usina vai pagar US$ 100 mil. Texto Anterior: Discurso será de empresário Próximo Texto: Alimento feito de sangue de boi combate desnutrição e anemia Índice |
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