Folha de S.Paulo - CSN bate recorde de produção de aço líquido

São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994

CSN bate recorde de produção de aço líquido

FRANCISCO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

A cidade de Volta Redonda (a 134 km do Rio de Janeiro) vive hoje uma fase de transição entre a condição de símbolo do nacionalismo estatizado do país e a de sede de um das duas maiores siderúrgicas privadas brasileiras. A privatização da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em abril de 93, ainda gera polêmica, mas já trouxe tembém resultados positivos.
O primeiro resultado positivo foi o aumento de produção e do faturamento da própria siderúrgica.
Em 93, a Companhia Siderúrgica Nacional bateu seu recorde histórico de produção de aço líquido, com 4,4 milhões de toneladas. O faturamento em 93 foi de US$ 2,2 bilhões, contra US$ 1,8 bilhão em 92.
Segundo dados do Sindicato dos Metrlúrgicos de Volta Redonda, os salários na Companhia Siderúrgica Nacional tiveram, ao longo do ano passado, ganho real de 33%.
O crescimento das vendas gerou aumento da arrecadação de impostos. Segundo dados preliminares da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, o recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Volta Redonda cresceu em termos reais 25,6% de janeiro a setembro de 93 na comparação com o mesmo período de 92.
A prefeitura da cidade informou que já obteve para 94 um aumento de 15% no repasse de ICMS pelo Estado.
Em setembro último, a venda de parte das ações da empresa que haviam sido compradas por seus empregados para a CBS (Caixa Beneficente da Siderúrgica), a fundação de seguridade social da Companhia Siderúrgica Nacional, injetou no comércio da cidade US$ 23 milhões.

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