São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Marido recebe 'a mala do adeus' no escritório

'Não deixei nem ele voltar para casa'

DA REPORTAGEM LOCAL

A promotora de eventos Alicinha Cavalcanti, 31, terminou um casamento de três anos e meio ao descobrir que havia sido traída pelo marido. "Ele estava trabalhando. Eu fiz a mala com as roupas dele, levei no escritório, pedi as chaves de casa e, em voz baixa, bem mansinho, disse: 'Acabou'. Ele nem voltou para casa."
Alicinha conta que o ex chegou a tentar uma reconciliação. "Ele tentou negar, me demover da idéia, mas não conseguiu. Eu disse que, se a gente continuasse casado, naquela mesma noite eu iria colocar chifres nele. Não tinha outro jeito."
Como Alicinha, 45% dos paulistanos consideram a traição motivo para romper um casamento. "Traição de qualquer espécie", enfatiza. Mas a "promoter" não nega que também tenha traído algum parceiro. "Só que eu já fui muito mais traída do que traí."
Como a grande maioria das mulheres (89%), Alicinha diz que jamais teve relações sexuais com alguém só porque ficou com vergonha de dizer não. "Nunquinha da silva. Não fico com remorso nem faço caridade. Isso é coisa de quem não é do ramo."
A "promoter" não é tão enfática ao responder se já teve relações com alguém só porque havia bebido demais. "Alguns drinques a mais podem apressar, mas não justificam."
Noiva atualmente, com planos de se casar na igreja Saint Patrick, em Nova York, Alicinha classifica a sua vida sexual como "maravilhosa" e dá "10 com louvor" ao seu parceiro. Sobre a frequência com que mantém relações, Alicinha dita a resposta: "Na medida do desejo, do esperado e do realizado. Na medida certa."
Para antigos parceiros, Alicinha dá nota 5, em média. "Cinco para os que me trazem boas lembranças e zero para os enganos inevitáveis na busca do parceiro ideal."
Como 59% dos paulistanos, a "promoter" concorda que "sexo sem amor não é tão gostoso". Apenas acrescentaria: "Sexo sem amor e muito tesão é impossível." (MSy)

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