São Paulo, domingo, 9 de janeiro de 1994
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Milhares fogem do fogo na Austrália

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Milhares fogem do fogo na Austrália
Milhares de pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas ontem na região de Sydney, principal cidade da Austrália, por causa dos incêndios que atingem a costa leste do país há dez dias. Mais uma pessoa morreu ontem, elevando o número de mortos para quatro.
Cerca de 100 casas foram já destruídas pelo fogo, a maioria nos subúrbios de Sutherland, ao norte, e no distrito de Pittwater, ao sul de Sydney. Segundo a polícia, alguns moradores se recusaram a sair de casa, apesar do perigo.
"Estamos registrando algumas 'tempestades de fogo'. Os incêndios se comportam como tornados", disse o porta-voz do corpo de bombeiros. "O fogo é tão perigoso que os bombeiros estão se retirando e só vão voltar quando for seguro". As chamas atingem 100 metros de altura.
Os ventos chegam a 70 km por hora, aumentando cada vez mais o número de focos de incêndio. Eles são estimados em 150 – 75% dos quais criminosos, segundo as autoridades. O Estado mais atingido é a Nova Gales do Sul, o mais populoso do país. Nessa região, se concentram as principais cidades australianas, incluindo a capital, Canberra.
Mais de 250 mil hectares (5 mil km2) de matas já foram queimados. Cerca de 7 mil pessoas, entre bombeiros, Marinha, Exército e voluntários combatem o fogo. Há 70 mil bombeiros voluntários no país, por causa dos frequentes incêndios em matas provocados pelo clima quente e seco.
As principais linhas férreas e cerca de 20 estradas estão bloqueadas. Dezenas de milhares de pessoas estão isoladas. Ainda não há estimativas oficiais dos prejuízos causados pelos incêndios, os piores em 200 anos.

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