São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
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Crise à vista; Questão de prazo; As alternativas

Crise à vista
O Banco Central poderá sofrer crise de liquidez quando, pelas novas regras, o governo for obrigado a restringir a emissão de moeda, diz o economista Joaquim Elói Cirne de Toledo, da USP.
Questão de prazo
Toledo observa que o BC está com um volume elevado de títulos de curtíssimo prazo.
"Com o vencimento desses papéis e a restrição na emissão de moeda, ele vira um credor privado", afirma.
As alternativas
Para evitar esses problemas o BC precisa continuar com a colocação de papéis mais longos, como fez a semana passada.
Outras alternativas –estas não bem vistas pelo mercado– são o alongamento compulsório, o confisco da dívida ou a hiperinflação em cruzeiros, diz o economista.
Tubo norte-americano
A Raychem traz para o Brasil o Versafit, que substitui a fita isolante. A empresa norte-americana pretende aumentar 30% sua participação no mercado brasileiro de tubos termocontráteis, estimado em US$ 5 milhões por ano.
Temor empresarial
As declarações do ministro da Fazenda, sobre ter recursos para conter o aumento excessivo de preços, está deixando alguns empresários temerosos.
Fontes da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos dizem ter receio de o governo voltar a controlar os preços.
Filme visto
Segundo representantes do setor, a experiência mostra que esse sistema não dá certo.
A esperança é que José Milton Dallari, que foi consultor econômico do setor, aja apenas como coordenador dos agentes econômicos e não como controlador.
Assunto explosivo
O presidente da Copagaz, Ueze Zahran, que entrega hoje documento ao Cade acusando empresas do setor de aviltar os preços dos botijões, também quer diminuir os acidentes no setor.
Diz que em São Paulo há registro de 3.500 acidentes por ano.
Mais uma lei
Para melhorar a segurança, Zahran espera que até o final do mês seja publicada portaria do governo paulista proibindo as empresas de encher botijões de outra marca.
A proibição já é determinada pelo Departamento Nacional de Combustível, mas, segundo ele, não há fiscalização suficiente.
Idade avançada
A idade dos botijões no Brasil também contribui para aumentar o risco de acidente. Segundo Zahran, é de 40 anos, enquanto a média mundial para requalificação é de dez anos.

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