São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Homem-morcego troca Robin por namorada em longa de animação

FERNANDA GODOY
DE NOVA YORK

Ano novo, vida nova. E Batman virou definitivamente macho no filme –na verdade, um desenho animado longa-metragem– "Batman, A Máscara do Fantasma", que acaba de estrear nos Estados Unidos. Nada de Robin, nada de fazer menções ao suposto homossexualismo do personagem. Batman agora tem namorada e quer se casar. Nem o velho Alfred parece acreditar.
O traço foi criado para a DC Comics por Bob Kane. É o mesmo da atual série de TV mostrada aos norte-americanos, mas ganha muito quando projetada em tela grande.
Mais uma vez o homem-morcego está em ação para proteger sua Gothan City do mal. Mas, na verdade, o filme é sobre o retorno de seu namoro com uma antiga paixão, por quem nosso herói se sentia abandonado. Os dois tinham ficado noivos na mais completa cena romântica, com direito a anel de brilhante e tudo. Só que na sequência, a moça sumiu.
Com a volta da bem-amada, Batman descobre que ela só o havia deixado porque o pai dela, ameaçado pela Máfia local, teve que fugir às pressas. Toda a família estava ameaçada de morte.
Enfim, Batman está amando. Bruce fica dividido entre seu desejo de ser feliz no amor e a obrigação de proteger a cidade, como havia prometido a seus pais. Atormentado, ele até visita o túmulo dos pais. Cpmo é possível se arriscar na batalha ao crime e ter uma família, pergunta-se Batman. Quem diria que um super-herói acabaria tendo as mesmas preocupações do PM da esquina...
Mas o desenho também tem ação, não é preciso ninguém se preocupar com isso. Como sempre, as melhores cenas são roubadas pelas aparições do Coringa. Ele é a figura que tem o traço mais bonito e a personalidade mais engraçada. O ritmo do filme melhora muito depois de sua entrada.
A namorada do homem-morcego também apronta das suas surpresas. E, apesar dos ardentes desejos por um "happy end", parece mesmo que Batman vai continuar encalhado na bat-caverna. Melhor assim. Pelo menos, foi o que achou a galera do rap presente à platéia, que vaiou as "cenas de amorzinho".

Texto Anterior: Luke Perry revive sua história em filme
Próximo Texto: Fernanda Abreu quer 'frio na barriga'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.