São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994
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Da Reportagem Local

DA REPORTAGEM LOCAL

Concursos de miss não existem mais. Pelo menos, não como eram feitos antigamente. Hoje, foram substituídos pelos títulos de "madrinha", "gata", "garota" ou "pantera". Há também os concursos que descobrem jovens modelos e que muitas vezes as lançam no mercado internacional.
A idéia de que beleza é fundamental, por mais que se diga que é antiquada, está em tudo: nas propagandas, nos filmes, nas ruas, nos livros, nas músicas.
O que mudou ao longo do tempo foi o padrão de beleza para homens e mulheres. Em cada país, esse conceito muda também.
No Egito antigo, as pessoas tinham mania de limpeza e chegavam a tomar três banhos por dia. Os homens raspavam todos os pêlos que encontravam pela frente e usavam perucas longas, assim como as mulheres. Já os assírios e os espartanos deixavam crescer longas barbas e cabelos. Os romanos eram os maiores consumidores de perfumes.
Na Antiguidade, as mulheres gregas eram conhecidas pela forma como exageravam na maquiagem. Até as estátuas dos deuses recebiam um pouco de ruge para ganhar um ar mais humano.
A Idade Média foi a época de ser magra e de ter cara de criança para ser bonita. Na fase seguinte, a do Renascimento, as musas eram as gordinhas, já que o exagero era sinônimo de nobreza e de sensualidade.
As mulheres magras e sem curvas voltaram à cena na década de 20, já neste Século. Eram valorizadas também aquelas que tivessem um ar de garoto, com cabelos "garçonne" (curtinhos).
Entre os anos 30 e 50, o padrão seguia a beleza das estrelas de cinema, ou seja, as curvas. Eram famosas as histórias de que algumas atrizes da época extraíram dentes para deixar as maçãs do rosto mais pronunciadas ou de outras que dormiam de sutiã para os seios ficarem firmes. Foi o auge das roupas com enchimentos.
A magreza voltou a imperar na década de 60 e dez anos depois as mulheres ainda sofriam com regimes. Os anos 80 foram a época da ginástica e as musculosas e durinhas ganharam fama.
Hoje não são poucos os estilistas, fotógrafos e feministas que dizem que não existe um padrão de beleza. O que se fala é que cada pessoa deve seguir o seu estilo e ter algo que a diferencie das outras.

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