São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 1994 |
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Compor era a maior diversão
SÉRGIO AUGUSTO
Se Noel Rosa foi o nosso Cole Porter, coube a Lalá emular nos trópicos o prolífico e versátil Irving Berlin. Para quase tudo fez música. Para anúncios de sabonete, para a seleção brasileira na Copa de 1950 –até dois foxes à Miss Brasil de 1929, Olga Bergamini de Sá ele dedicou. Compunha a sério e de molecagem, não resistia a uma paródia nem a uma sátira, e muito menos à tentação de melhorar música alheia, de que é exemplo clássico a letra de "No Rancho Fundo", samba-canção de Ary Barroso cujos versos originais (de J. Carlos) eram um pavor. Quantas composições deixou? Já perderam a conta. Volta e meia, descobrem alguma inédita. Só nos arquivos de Paulo Tapajós encontraram, poucas semanas atrás, as seguintes: "Eu Sou Triste", "Amar Sem Ser Amado", "Recordações Daquela Noite", "As Três Meninas do Barulho", "Eu Gosto de Te Ver Chorar", "Menina dos Olhos Castanhos", "Três Tostões de Felicidade" e "Se Eu Fosse Uma Vitrola, Você Seria o Meu Disco", delicioso fox-canção que Lalá fez em parceria com Tapajós na década de 30 (veja letra à pág. 5-4). (Sérgio Augusto) Texto Anterior: PRAIA Próximo Texto: Concreto; Vassoura; Mamão com mel Índice |
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