São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994
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Advogados recusam convite para comissão que investiga corrupção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dois integrantes da comissão especial para investigar denúncias de corrupção e irregularidades no Executivo, os advogados Raymundo Faoro e Fábio Konder Comparato, não pretendem assumir as funções. O ministro da Administração, Romildo Canhim, está procurando nomes para substituí-los.
Faoro e Comparato foram nomeados pelo presidente Itamar Franco na semana passada atendendo indicação do movimento "Ética na Política". Canhim disse que já pediu ao empresário Émerson Kapaz, representante do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) que faça a substituição "o mais rápido possível". Até o início da noite de ontem ele apenas sabia da desistência de Comparato. "Ele me disse que tinha problemas com um sócio que adoeceu", informou.
Comparato disse ontem à Folha que, se aceitasse o convite de Itamar, "estaria impedido de manter a liberdade de crítica ou elogio ao governo, coisa que não quero fazer".
Canhim pretende marcar a primeira reunião da comissão para este mês. Ele afirmou que já recebeu várias denúncias "que vão desde fraudes em planos de assistência à saúde até a contratação ilegal de funcionários". O ministro disse que a maior parte das denúncias está documentada e que pretende dar maior destaque aos trabalhos da CPI.
O ministro disse que até agora não recebeu qualquer material da comissão. Ele justificou esta falta de material dizendo que os parlamentares "devem estar esperando a conclusão do relatório".

Colaborou a Reportagem Local

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