São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Remédios não contaminam leite materno

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Mães que amamentam seus bebês podem tomar remédios sem colocar os recém-nascidos em perigo. "A maioria das drogas ou não passa para o leite materno, ou passa em quantidades tão pequenas que não prejudica o bebê", disse ontem Cheston Berlin, do Centro Médico Hershey da Universidade do Estado da Pensilvânia. Ele ressaltou, no entanto, que há muitas drogas que devem ser evitadas.
Berlin fez parte de um comitê da Academia Norte-Americana de Pediatria, que publicou ontem seu relatório na revista "Pediatrics". Ele disse que os médicos muitas vezes recomendam à mãe não amamentar os bebês se estiver sendo medicada. O relatório tenta desfazer a noção, indicando exatamente o que é seguro.
Segundo as investigações de Berlin, a maioria dos antibióticos e remédios para pressão sanguínea não causa danos aos bebês. Alguns remédios para a gripe também podem ser tomados sem receita médica. Um consumo mínimo de álcool –de um ou dois copos de vinho por semana, por exemplo– e até seis xícaras de café diárias são seguros.
Entre as drogas que devem ser evitadas, o relatório inclui cocaína, maconha, heroína e nicotina. Mães que recebem tratamento por quimioterapia também não devem amamentar. A aspirina deve ser substituída por uma droga conhecida por "acetominofen".
O relatório também menciona drogas de efeito desconhecido, como os agentes contra a ansiedade –o "Valium" é um exemplo–, antidepressivos e remédios antipsicóticos. A maioria dos remédios traz na bula indicações para o uso por mulheres que amamentam, caso seja necessário.
Teste de gravidez
Um teste geralmente usado para diagnosticar ataques do coração foi indicado para detectar precocemente a gravidez ectópica –a gravidez que ocorre fora do útero, normalmente nas trompas. Segundo cientistas israelenses, uma mesma enzima –a cinase creatina– é liberada na corrente sanguínea nos dois casos, devido a danos causados a células musculares.
Os pesquisadores do Centro Médico Shaare Zedek em Jerusalém publicaram seus resultados na revista da Sociedade Norte-Americana de Ginecologia e Obstetrícia.

Texto Anterior: PPR e PRN perdem deputados; PP é o que mais cresce
Próximo Texto: Parlamentares pedem reabertura de inquérito
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.