São Paulo, terça-feira, 11 de janeiro de 1994
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Autor defende-se em posfácio

FERNANDA GODOY
DE NOVA YORK

No posfácio do recém-lançado "Disclosure", Michael Crichton apresenta o que parece ser uma defesa prévia para a chuva de críticas que, espera-se, o atingirá.
Crichton afirma que seu livro é baseado em uma história real, mas "não pretende negar o fato de que a maioria das acusações de molestamento sexual é apresentada por mulheres contra homens".
Seu objetivo ao inverter os papéis, explica, é "permitir o exame de aspectos obscurecidos por reações tradicionais e pela retórica convencional".
O livro tem um óbvio caráter provocativo, em todos os sentidos da palavra. Sua intenção de virar idéias pelo avesso é explícita.
"Disclosure" certamente vai reavivar um debate que chegou ao clímax nos EUA durante o processo movido por Anita Hill contra o juiz Clarence Thomas.
Maliciosamente, mexe também com o caso Mike Tyson. Um homem tem o direito, normalmente concedido às mulheres, de se deixar entreter nas preliminares e dizer "não" no último minuto? E quando as mulheres dizem "não" devem ser levadas a sério?
Crichton agradece a advogados, especialistas em relações humanas e empregados comuns que entrevistou para compor seu livro. Agradece com razão.
Uma das grandes virtudes do livro é apresentar um painel completo de opiniões e reações à situação. Os cínicos, os moralistas, os debochados, os politicamente corretos, estão todos lá. (Fernanda Godoy)

Título: Disclosure
Autor: Michael Crichton
Páginas: 400
Preço: US$ 24

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