São Paulo, quarta-feira, 12 de janeiro de 1994 |
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Novo técnico promete manter o esquema tático e usar velocidade
WILSON BALDINI JR.
* Folha - Como o senhor pretende armar o time do Corinthians? Afrânio Riul - Primeiro usarei estes dias de pré-temporada para conhecer as características dos jogadores. Não irei impôr um sistema para o time, mas os jogadores –com suas próprias características– que me proporcionarão um sistema a ser adotado. Folha - Mas o senhor tem preferência por algum esquema tático? Riul - Sim. Gosto de jogar com dois volantes. Desta maneira, a defesa fica bem protegida e os laterais ganham maior liberdade para apoiarem o ataque. Folha - A marcação é essencial? Riul - Sem dúvida. No futebol atual todos devem defender e atacar. Independente da sua posição. Ninguém tem posição fixa. A velocidade no modo de jogar é algo que todo time precisa ter. Folha - Mas não se trata de um esquema de retranca? Riul - De maneira nenhuma. Sou adepto do futebol arte. Do jogo para frente. Mas não é possível, atualmente, jogar e deixar os outros jogarem. O ideal é jogar e, usando da marcação, não deixar que os outros joguem. Folha - O senhor ainda não trabalhou em times grandes. Como será o convívio com jogadores que já atuaram em seleção brasileira? Riul - Será normal. Não acredito que tenhamos problemas, porque trabalho com muita tranquilidade e honestidade. Procuro usar de sensibilidade e de muita habilidade para não ferir o sentimento de cada profissional e conseguir, que cada atleta, renda o máximo para o time. Folha - O Dener deve ser contratado. Ele é considerado um jogador indisciplinado. Riul - Ele é um grande jogador. Seria ótimo tê-lo no time. Acredito que só por estar no Corinthians, isto já seria uma motivação a mais para ele. Tenho certeza de que o Dener terá uma grande passagem pelo Corinthians, caso seja contratado. Folha - Você esteve na reserva da Ponte Preta na histórica final de 77. E foi palmeirense na infância? Riul - (Risos) Nossa, não brinca com isso. Sou corintiano desde criançinha (risos). Na verdade, conheci a força da torcida naquela época e pretendo usá-la para motivar os jogadores. Texto Anterior: Mário Sérgio brigou com dirigentes Próximo Texto: Time desiste de Rivaldo Índice |
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