São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Chiarelli culpa Alves por verbas irregulares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-ministro da Educação no governo Collor, Carlos Chiarelli, disse ontem à CPI do Orçamento que recebia listas com entidades que deveriam ser beneficiadas com verbas de subvenções sociais assinadas pelo relator-geral do Orçamento. Chiarelli repetiu o que disse à CPI a ex-ministra da Ação Social, Margarida Procópio.
Chiarelli foi ministro da Educação em 1990. Nesse ano, o relator-geral era o deputado João Alves (sem partido-BA), principal acusado de irregularidades na Comissão de Orçamento. O ex-ministro afirmou jamais ter desconfiado que a lista era irregular. "Como poderia eu desconfiar de uma lista elaborada pela Comissão de Orçamento, que era eleita pelo Congresso", questionou.
Chiarelli negou ter qualquer tipo de relação com a empresa Engeconsult Engenharia Ltda. Disse conhecer a empresa através de seu cunhado, Mário Calheiros, um dos sócios. O ex-ministro defendeu a empresa, afirmando que é uma pequena empresa que fez algumas obras com "prefeituras minúsculas" do Rio Grande do Sul, obtidas através de licitação pública.
O ex-ministro negou que tenha intermediado encontros entre a Engeconsult e prefeitos do interior desse Estado.

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