São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Governador nega envolvimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, disse ontem através de sua assessoria de imprensa que não tem nada a esclarecer sobre a denúncia de que teria recebido dinheiro por licitação superfaturada na Fundação de Assistência ao Estudante.
"O que havia era uma dívida do jornalista Ronaldo Junqueira com o governador. De onde veio o dinheiro e se era lícito ou não, cabe ao jornalista esclarecer", disse Weligton Moraes, secretário de Comunicação do Distrito Federal.
Outra denúncia rebatida por Roriz é quanto ao superfaturamento na ampliação do presídio da Papuda. Auditoria da CPI identificou superfaturamento entre 60% e 100%, além de haver indícios de acordo prévio entre as empreiteiras que realizaram a obra.
Segundo ele, o TCU (Tribunal de Contas da União) não tem parecer conclusivo sobre o assunto. "O que existe é a posição de um conselheiro com base em custo de construção civil em residências", diz nota do GDF.
Roriz usa um dado do Departamento Penitenciário do Ministério da Justiça que aponta o custo de construção de uma penitenciária em US$ 1.370 por metro quadrado. A Papuda teve custo, segundo o GDF, de US$ 700 o metro.
Quanto à suspensão da primeira licitação do presídio, diz Roriz que a decisão foi tomada pelo ex-governador Vanderlei Vallim, depois ratificada pelo Tribunal de Contas do DF.
Até as 20h15, o secretário de Comunicação não havia dado a sua versão sobre a entrevista do ex-capataz Valdivino Vieira Pinheiro, que negou ter feito movimentações financeiras em nome de Roriz e aponta falsificação das suas assinaturas em uma conta no Banco Progresso.
A Folha deixou recado desde quarta-feira para Ronaldo Junqueira. Não houve retorno. O telefone fornecido pela Telebrasília como da residência de Junqueira não atendeu. O celular estava desligado.
No caso de Luiz Estevão, a Folha deixou recado no escritório. Não houve retorno.

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