São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 1994
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Descontos garantem vendas no comércio

DA REPORTAGEM LOCAL

O comércio está fazendo promoções para garantir as vendas de janeiro. Os descontos, dizem os lojistas, podem chegar a 60%. O objetivo é acabar com os estoques que não terminaram no Natal e evitar a migração de consumidores para a poupança. Com rendimentos acima de 50% na poupança, o cliente vive o dilema: comprar ou poupar.
Os lojistas partiram para o ataque. As tabelas de janeiro sofrerem reajustes de 25% a 35%, índices inferiores à inflação. Luís Jonas, diretor da Lemon Way, diz que tops e shorts têm desconto de 60%. A Hanny Modas está com promoção de 50% sobre o preço à vista. Nas roupas importadas, o desconto é menor: 30%. "Queremos acabar com os estoques", diz a dona Regina Park.
Na Surfmore, os descontos vão até 40% em cerca de 60 itens. A meta é acabar com estoques de roupas que tiveram "giro mais lento" desde o Natal. A rede espera vender entre US$ 120 mil e US$ 150 mil com a promoção.
A Razure, loja de roupa jovem, apelou para a velha receita de sortear passagem para o Nordeste. Neste mês, quem levar seus produtos concorre a uma viagem com acompanhante para Porto Seguro (BA). A partir da 2.ª quinzena de janeiro, o comprador tem direito a um cupom de desconto de 10% nas compras efetuadas em fevereiro. "O mês que vem terá poucos dias úteis. Precisamos atrair clientes", explica André Kawahala, assistente de promoção.
Desconto de 25% no preço levou o Depósito Normal do shopping Ibirapuera a computar aumento de 30% nas vendas de importados, diz João Mendes, 28, gerente.
Na Mezzo Punto, os descontos são de 40% nas bolsas e calçados da coleção de verão. "Estamos escoando o estoque", diz a gerente Regina Padovani.
As lojas estão mantendo, nas etiquetas, o preço sem desconto. Na nota fiscal, é discriminado o valor da compra e o abatimento dado. Dessa forma, os lojistas evitam ter seus preços promocionais convertidos em URV. (SB e FS)

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