São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 1994
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Francês derrete queijo na salsicha

FERNANDA SCALZO-
DE PARIS

Francês derrete queijo na salsicha
Cada vez mais os parisienses deixam seus hábitos seculares à mesa e passam a comer, como os americanos, andando na rua. São sanduíches, crepes, quiches, pizzas e tortas que se vendem a quem passa, em bairros movimentados como o Halles, o Quartier Latin, o Marais e a Bastille.
Lanche tradicional, os crepes são os campeões das barraquinhas. Entre 9 francos e 15 francos (US$ 1,5 e US$ 3) é possível levar na mão um crepe simples (com manteiga) ou com ovo, bacon, atum, geléia, açúcar, mel etc. Concorrentes fortes são os sanduíches enormes, feitos com meia baguete, forrados de salmão, atum, presunto, salada ou queijos. Custam entre 10 francos e 18 francos (US$ 1,5 e US$ 3,5). Nas barraquinhas são mais baratos que nas padarias renomadas pela qualidade da baguete. Mas vale pagar um pouco mais.
O tradicional hot-dog também faz fortuna na França, mas adaptado ao gosto local: na baguete e com queijo derretido sobre a salsicha. Se nos cachorros-quentes (cerca de US$ 3), os parisienses acertaram a mão, o mesmo não se pode dizer das pizzas. Nove em cada dez são intragáveis.
No Marais, o bairro judeu no centro de Paris, o sanduíche na baguete dá lugar ao falafel, delicioso almoço enquanto se olha as vitrines. Por cerca de 20 francos (US$ 4), um pão sírio recheado com salada de repolho, pepino, tomate, berinjela, coalhada, homus e bolinhos de grão de bico. O falafel é tão grande que vem servido com um garfinho. Os melhores endereços estão na rue de Roziers: no Chez Marianne ou no Europe Pizza.
No inverno, outra opção são as tradicionais castanhas assadas. Na boca das estações de metrô ou nas pontes sobre o Sena, o castanheiro vende por 10 francos (US$ 2) um saquinho cheio. No verão, cerejas tomam o lugar das castanhas.

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