São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994 |
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Contra o tempo
NELSON DE SÁ
Sinceramente, ninguém acha. Nem mesmo o relator pefelista Roberto Magalhães, que tanto se esforçou para tudo acabar logo. Agora, ele aparece no Fantástico afirmando, segundo a cobertura da Globo, "que ainda está estudando um critério que seria usado para aqueles que não podem ser cassados por falta de provas, mas que também não merecem ser inocentados". Quer dizer, aqueles parlamentares que a comissão não teve tempo de investigar direito, porque a maioria de seus membos estava pensando apenas na revisão da Constituição. Agora, nas palavras da âncora do Jornal de Domingo, da Bandeirantes, a CPI trata de "correr contra o tempo". Ontem, estava fechando os relatórios parciais com grandes buracos de investigação. E quem sempre faz questão de marcar posição contra a correria é o senador José Paulo Bisol, que fez a revelação maior da CPI, nos papéis da Odebrecht –aliás, devidamente colocados de lado, em nome da viabilização da revisão. Ontem, Bisol ainda não havia desistido das investigações, não da Odebrecht, mas de "um peso pesado", segundo o Jornal de Domingo. O senador não deu o nome. "Ainda estou aguardando informações, do Banco Central, da Caixa Econômica, de cartórios, para complementar a prova." Falta muita coisa. Como disse o mesmo Bisol, no Domingo Forte: "A receita para fazer análises como esta que nós estamos fazendo na comissão, ela, por lei, é obrigada a levar múltiplas vezes mais tempo do que nós tivemos". Seis O Jornal de Domingo já arriscava um veredito, ontem. "Pelo menos seis parlamentares não escapam da cassação. São eles Genebaldo Corrêa, João Alves, Cid Carvalho, Manoel Moreira, José Geraldo e o senador Ronaldo Aragão." Texto Anterior: Menopausa é uma "injustiça" natural Índice |
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