São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Itamar tenta concluir reforma ministerial

TALES FARIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Itamar Franco volta amanhã do Uruguai com a expectativa de fechar ainda esta semana a reforma ministerial iniciada em dezembro. Falta definir se o PMDB ficará mesmo com o Ministério das Minas e Energia, se o ex-ministro Henrique Hargreaves aceita retomar a Casa Civil e se o interino do Ministério das Comunicações, Djalma Moraes, será efetivado no comando da pasta.
Também não há definição para a única medida que poderia representar enxugamento da máquina pública com a reforma ministerial: a extinção dos ministérios do Bem-Estar Social e da Integração Regional.
A proposta de extinção das pastas partiu da área econômica, mas Itamar tem dúvidas se agrupa os dois ministérios ou mesmo se os mantém intactos. Neste caso, a interina do Bem-Estar Social, Leonor Franco, seria efetivada. Faltaria definir então o novo titular da Integração Regional.
Caso o PMDB fique com a pasta das Minas e Energia, o novo ministério de Itamar terá dez ministros "políticos": quatro do PMDB, quatro do PSDB, um do PP e um do PFL. Os outros 17 cargos estão ocupados por técnicos e militares e pelo chamado "grupo mineiro" de amigos do presidente.
Presidente da LBA (Legião Brasileira de Assistência), Leonor Franco, é mulher do senador Albano Franco, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pivô do maior mal-estar causado com a reforma miniterial.
Como Albano Franco se filiou ao PSDB, o senador Beni Veras (PSDB-CE) –que havia sido sondado para o Ministério das Minas e Energia e para o da Indústria e Comércio– acabou excluído das nomeações anunciadas semana passada. O problema é que a filiação de Albano ao PSDB já havia provocado uma crise no partido, com a rebelião do diretório da Bahia. O senador Jutahy Magalhães (PSDB-BA) anunciou que deixará a legenda se a filiação do presidente da CNI for aceita.

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