São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Sepultura lava a alma dos fãs

HÉLIO GOMES
DA REDAÇÃO

Sepultura lava alma dos fãs
O show do Sepultura no sábado talvez tenha sido um dos mais importantes da sua carreira, pelo menos para os fãs paulistanos da banda. O gosto de volta para casa impregnou a boca do público e dos músicos, criando clima de festa de reencontro. Durante quase uma hora, a banda deixou de ser o "maior nome brasileiro no cenário heavy mundial" para tornar-se o velho grupo adorado pelos frequentadores das galerias da São João.
Apesar das confusões durante o show –o som pifou duas vezes, o banco da bateria de Igor quase desmoronou, além do quiproquó por causa da bandeira do Brasil que Max abriu ao sair do palco–, o balanço é mais que positivo. O show pôs fim ao um ano e meio sem Sepultura em SP.
A primeira música foi "Refuse/ Resist", que também abre o disco "Chaos A.D.". O Morumbi foi rapidamente dominado pela presença de palco e pela fúria da banda. Max urrava sua tétrica visão do futuro enquanto Igor demolia sua batera. A expressão no rosto de Andreas traduzia sua emoção e a postura de Paulo deixava claro o que a banda tinha para dar: energia e entusiasmo.
Sobretudo, a banda tocou músicas dos dois últimos discos. O final trouxe João Gordo, que cantou "Crucificados pelo Sistema" com a banda, e a cover-relâmpago de "Polícia". O show acabou com a presença de Zyon, filho de Max. Os fãs da banda saíram do Morumbi de alma lavada.

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