São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Dicas para melhorar o relacionamento

MARCELO CHERTO; MARCUS RIZZO

MARCELO CHERTO E MARCUS RIZZO
Boa parte, talvez a maioria dos franqueadores estrangeiros que temos visitado, principalmente os americanos, mantém um conselho de franqueados. No Brasil há também uma tendência em se começar a falar mais sobre o assunto. Porém, muitos dos franqueadores tupiniquins que agora ensaiam congregar seus franqueados em entidades do gênero carecem de um mínimo de informação a respeito de como fazer isso. Aí vão algumas dicas:
1-) A quantidade dos membros do conselho e os critérios para a respectiva escolha devem ser estabelecidos de modo a garantir que franqueados pequenos tenham chance de ser ouvidos.
2-) Comunicação e planejamento são fatores vitais para o sucesso de um conselho de franqueados. De nada adianta realizar encontros para a discussão de assuntos do maior interesse da rede, se todos os membros do conselho não souberem desses encontros com antecedência suficiente que lhes permita comparecer à reunião.
3-) É muito importante que todos os franqueados recebam a ata de cada reunião. Inclusive e principalmente aqueles que, por por qualquer motivo, não tenham podido comparecer a qualquer dos encontros do conselho.
4-) É preciso que os franqueados sintam que os executivos da empresa franqueadora que os representam nas reuniões do conselho de franqueados (sim: o franqueador também participa desse conselho) estão interessados de verdade em ouvir as opiniões e sugestões dos conselheiros.
5-) É importantíssimo que os representantes da empresa franqueadora que fazem a interface direta com o conselho (e com os demais franqueados) estejam dispostos a não apenas ouvir o que os franqueados têm a dizer. Eles devem tomar a iniciativa de pedir aos franqueados que manifestem o que pensam.
6-) As regras de instalação e funcionamento do conselho devem ser previamente estabelecidas pelo franqueador, por escrito e com a máxima clareza possível. É necessário evitar a tentação de partir para casuísmos.
7-) É aconselhável que se proceda a uma renovação periódica dos membros e dirigentes do conselho, através de um rodízio que evite a formação e a perpetuação de "panelinhas". Algumas empresas estruturam seus conselhos de franqueados de modo a assegurar que, a cada ano, um terço dos membros seja substituído.
8-) É preciso encontrar meios para conscientizar os integrantes do conselho de que a função deste é basicamente lidar com as questões e os problemas que afetam a rede como um todo. Problemas individuais de cada franqueado deverão ser resolvidos entre cada prejudicado e franqueador.
9-) É importante que se faça um trabalho constante de "marketing interno" para levar o conselho a manter uma atitude positiva com relação aos problemas da rede.

MARCELO CHERTO e MARCUS RIZZO são diretores da Cherto & Rizzo Franchising e do Instituto Franchising, professores da Franchising University e da Fundação Getúlio Vargas, escritores e conferencistas.

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