São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994
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Moçada cai no samba em mês de rock

GABRIEL BASTOS JUNIOR
DA REPORTAGEM LOCAL

Neste verão quem vai dar o tom das festas da "playboyzada" é o samba. A proliferação de bares de pagode em bairros nobres, o movimento em blocos e escolas de samba e o sucesso da rádio Trascontinental, líder no ranking das FMs com sua programação batuqueira, não deixam a menor dúvida.
João Carlos Seraphico, 38, diretor nacional de vendas da rádio, demonstra o sucesso com números do Ibope. De setembro a novembro do ano passado a rádio teve uma média de mais de 23 mil ouvintes por minuto na faixa teen –classes A e B, entre 15 e 24 anos– só perdendo para a Jovem Pan. "Comparando com o mesmo período em 1992, isto significa um crescimento de mais de 100 por cento neste segmento", diz.
Hoje os "boyzinhos" defendem São Paulo da fama de "túmulo do samba". Eles garantem que a frase –dita por Vinícius de Moraes e imortalizada por Caetano Veloso em "Sampa"– já não cabe e que o Carnaval da cidade melhorou.
Exemplo vivo desta nova geração "mauricinha" de sambistas, Genevieve Junqueira, 18, garante que as escolas de São Paulo só perdem para as do Rio de Janeiro em dinheiro. Modelo da agência Fashion e aluna da Faap, ela conhece o assunto melhor do que pode se imaginar: este ano estréia como segunda porta-bandeira da Rosas de Ouro, uma das maiores escolas de samba de São Paulo, e desfila no Salgueiro, campeã carioca no ano passado.

LEIA MAIS
sobre os teens no samba à pág. 6-3

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