São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 1994 |
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Desfile da Chanel tem influência surrealista
FERNANDA SCALZO
Inspirado no surrealismo e no mau tempo, segundo ele, Lagerfeld apresentou uma coleção dominada pelo preto, o branco e as transparências. Top top models como Claudia Schiffer, Linda Evangelista e Naomi Campbell desfilaram tailleurs bem curtos, com perucas enormes que lhes cobriam o rosto (nem sempre para a alegria dos fotógrafos). Christian Lacroix carregou nas tintas na coleção que apresentou ontem no salão imperial do Hotel Intercontinental. Seu teto dourado e cortinas vermelhas eram, segundo ele, cenário mais adequado para seus modelos que as novas e despojadas salas do Carrousel du Louvre. Tinha razão. Vários modelos inspirados no século 18, redingotes com saias curtas, tudo com muita estampa, renda, bordado, laço, brilho. Contra o bom gosto convencional, Lacroix arriscou modelos com tops de renda preta e saia de estampa floral gritante, um vestido longo com corpete, clássico, em tecido xadrez, de patchwork, e mangas brilhantes. Se Christian Lacroix decidiu se rebelar contra o bom-gostismo, as top moels continuam politicamente corretas. Depois de posarem em outubro formando o nome de Nelson Mandela para a "Vogue", elas agora atacam de sociedade protetora dos animais em pôster da Peta (grupo de defesa dos animais): "Antes em pêlo que em casaco de peles". (Fernanda Scalzo) Texto Anterior: Principal reformista russo deixa o governo Próximo Texto: CNA tem 65% dos votos sul-africanos Índice |
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