São Paulo, quarta-feira, 19 de janeiro de 1994 |
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Teto de cobre; Cota mantida; Pagando a diferença; Reserva denunciada; Razão política; Outro lado; Nova fase; Símbolo moderno; Lobby do leasing Teto de cobre O Brasil impôs cota para a importação de cobre do Peru. O teto será de 17 mil toneladas por ano, segundo portaria publicada no "Diário Oficial da União" de segunda-feira. Em 93, o Brasil importou 40 mil toneladas do país vizinho. Cota mantida Outra portaria, publicada na mesma data, mantém a cota de importação para o cobre chileno, também em 17 mil toneladas. O Chile exportou 20 mil toneladas para o Brasil no ano passado. Pagando a diferença Segundo as novas regras, a importação que ultrapassar a cota terá imposto maior. Até o limite estabelecido, a taxa é de 3,6%. O que passar, paga 5%. No ano passado, as importações não sujeitas a cotas eram taxadas em 1,25%. Reserva denunciada Ivan Tessari, da Associação Brasileira do Cobre, diz que as portarias criam reserva de mercado, o que beneficia a Caraíba Metais, maior produtora nacional, com sede em Salvador. As empresas consumidoras de cobre estão estudando uma forma de protesto, segundo ele. Razão política Para Tessari, as portarias atendem pedido do governador da Bahia, ACM, que tem interesse em ajudar empresa de seu Estado. "O Brasil protege uma única empresa em detrimento do setor como um todo", afirma. Outro lado Francisco Sá, diretor-comercial da Caraíba Metais, concorda que a cota é uma proteção. "Mas não é indevida", diz. Ele avalia que Chile e Peru serão forçados a melhorar as condições de venda do produto. Nova fase O advogado Roberto Pasqualin diz que, como o plano FHC obedece as normas constitucionais, não vai adiantar às empresas recorrer ao Judiciário. "O jeito é buscar os mecanismos legais para redução da carga tributária", diz. Símbolo moderno A IBM estuda a venda de sua sede em Armonk, Nova York. Se concretizado o negócio, seria mais um sinal de que suntuosas sedes estão em baixa como ícones das corporações americanas, segundo o "The New York Times". O símbolo hoje preferido é o da descentralização. Lobby do leasing Está na mesa de FHC um estudo que sugere a flexibilização dos prazos de leasing, hoje sujeitos a um mínimo de dois anos. O trabalho, entregue pela Abel, foi preparado pela MCM Consultoria, do ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega. Texto Anterior: Juro de 40.000% ao ano retrai vendas Próximo Texto: Na liderança; No varejo; Jogo de monopólio; Fé no plano; Balanço do Bradesco; Espaço para voar; Missão em Brasília; Fazendo a mala Índice |
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