São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
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Jurista defende fim da venda de armas no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O jurista Evandro Lins e Silva declarou-se ontem favorável à decisão do prefeito do Rio, César Maia, de proibir a venda de armas no município. "É uma medida justa. Acho que vai reduzir a violência, em pequena escala, mas vai."
Evandro disse que as pessoas não devem adquirir armas para se defender. "Quem tem que fazer isso é o Estado." Para o jurista, a criminalidade só poderá ser combatida com condições sociais dignas para a população. "A decisão é uma medide caráter imediato."
Teoricamente, a proibição poderá beneficiar os negociantes dos municípios vizinhos. O dono da Palomar, uma das principais lojas do ramo em Niterói, Luiz Cunha, 56, disse que não pensou no lucro que poderá auferir no caso de herdar os compradores cariocas. Segundo ele, o comércio é controlado pelo Ministério do Exército, e a proibição não entrará em vigor. "Foi uma decisão descabida e ineficaz. A criminalidade aumentará. O contrabando será intensificado. As armas usadas pelos bandidos são muito mais sofisticadas que as vendidas em lojas", disse Cunha.

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