São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
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Brasileiro compra mais em 93; consumo sobe 6,1% em volume

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1993, os brasileiros consumiram mais do que em 1992, porém, em escala inferior à de 1991. O consumo cresceu 6,1%, em média, no ano passado, de acordo com levantamento da Nielsen junto a 95 categorias de produtos.
A pesquisa mede o consumo em área que abrange 89% da população nacional, segundo o instituto.
Confirma-se assim a projeção feita no mês passado de que o desempenho anual do mercado de produtos de massa seria positivo, mas em volumes ainda insuficientes para compensar a queda de 20% na comercialização verificada no ano anterior. É curioso notar que somente uma categoria –lâmina de barbear– registrou vendas superiores a 30%.
Apesar disso, o quadro tornou-se bem mais otimista que o dos devastadores índices observados em 1992, quando as quatro cestas pesquisadas (alimentos, bebidas, higiene e beleza; e limpeza) registraram o pior desempenho dos cinco anos anterior.
A curva de vendas de 58 das 95 categorias fechou o ano de 1993 apontando para cima. Quase a metade dos produtos que tiveram curva ascendente cresceu em patamar acima de 10%. Das vinte categorias no vermelho, revela o levantamento, apenas três registraram queda em volume superior a 10%.
A situação reverteu, notadamente, no setor de alimentos. Dos 43 categorias pesquisadas, 77% registraram expansão de consumo contra apenas 25% em 1992. Salsicha, almôndega, hambúrguer, quibe e chocolate figuram entre os produtos que apresentaram as taxas mais elevadas de crescimento, entre 15% e 30%.
O consumo de vinhos de mesa, licor, conhaque, vodca e vermutes saltou acima da média. Já o de rum, gim e aperitivos finos teve seus volumes reduzidos, embora com decréscimo inferior a 10%.
Apesar de ter melhorado seu desempenho no ano passado, este continua sendo o setor que concentra a maior proporção (29%) de produtos com queda de volumes comercializados –entre os quais fraldas, talcos e desodorantes.
Inseticidas em aerossol e líquidos também registraram queda de vendas, inferior a 10%, em 1993.

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