São Paulo, sexta-feira, 21 de janeiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Copa destaca quem mostra bom futebol

PAULO ROBERTO FALCÃO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A Copa São Paulo de Futebol Juniores é o campeonato nacional da categoria. É um momento decisivo na carreira dos garotos. Fundamental para estourar, pois representa o passaporte para a profissionalização. Não é fácil se destacar, mas é a única chance.
Isso não significa que o jogador que não for bem terá fracassado. O torneio serve para destacar aqueles que mostram bom futebol, que começam a ser falados por todos. Nessa idade, não se olha quem fracassa. A repercussão negativa fica restrita ao clube do atleta. Não existe queimação nacional. É uma sorte da categoria.
Não dou conselho, mas acho que os jovens participantes da Copa São Paulo de Futebol Juniores devem se concentrar sobre a importância do torneio. A noção da responsabilidade tem que servir para motivar, não para criar dificuldades.
É a primeira vez em que o jogador se sente pressionado. Enfrenta as principais equipes do país, é avaliado por seu técnico e os treinadores dos outros times. Nasce a perspectiva da seleção brasileira da categoria. A divulgação do evento pela imprensa é muito boa.
Tudo isso significa uma valorização da categoria. Para mim, a competição foi importantíssima. Se me faltava alguma coisa naquele ano de 1972, o torneio me deu. Chegamos à final com o Nacional de São Paulo, que nos venceu de 2 a 1, com um gol de pênalti.
Em 73, voltei à disputa com o Inter, que se classificou na primeira etapa, existente na época, mas não pôde seguir na competição porque 85% dos jogadores foram prestar serviço militar.
Não conheço todos times que disputam este ano. Tradicionalmente, equipes como Fluminense, Guarani e Corinthians, para citar algumas, se apresentam bem. Creio que o Inter, que já foi campeão três vezes, não é favorito. O técnico Celso Roth assumiu há pouco.
Na Itália, onde joguei, existe um torneio importante da categoria. Na Finlândia e na Dinamarca, também. Inclusive tive a oportunidade de assistir, como convidado, ao da Finlândia. É uma coisa bonita, um caminhão de gurizada confraternizando em torno do esporte.

Texto Anterior: Carro de Piquet chega hoje a SP; Cinco equipes serão multadas; Edberg reclama de quadras duras; Jogadores não querem Roger Milla; Árabe é o "máximo goleador"; Sabatini vence mais uma em Sydney
Próximo Texto: Reserva se aquece por 1h13
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.