São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 1994
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Empreiteiras ocupam pouco espaço no texto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relatório da CPI dedica apenas uma página e dez linhas para analisar o esquema de corrupção que teria sido montado por empreiteiras. A análise dos papéis apreendidos na casa de Aílton Reis, diretor da Odebrecht, foi relegada a um dos anexos do documento.
Elaborada pelo senador José Paulo Bisol (PSB-RS), a análise pedia o enquadramento da Odebrecht em vários crimes e investigação sobre oito empreiteiras. Esses pedidos não entraram no relatório da CPI.
O relatório conclui que as empreiteiras atuavam em todos os níveis de elaboração do Orçamento e liberação de verbas.
O relator Roberto Magalhães (PFL-PE) se preocupou em reduzir o grau de envolvimento do Congresso no esquema das empreiteiras.
No caso do diretor da Odebrecht, Aílton Reis, a CPI prova apenas o crime de "perjúrio". O relatório afirma que Reis mentiu à CPI e pede providências ao Ministério Público. Indica também a prática de corrupção ativa.

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